UFG inaugura Cozinha Escola Popular

A Universidade Federal de Goiás (UFG) inaugurou, na quarta-feira (27/5), a Cozinha Escola Popular, um espaço dedicado à promoção da segurança alimentar, geração de renda e fortalecimento de iniciativas sociais. A solenidade foi realizada na sede da Casa de Projetos Sociais, no Câmpus Samambaia, e reuniu representantes da Reitoria, pró-reitorias e membros da comunidade acadêmica.

Compuseram a mesa diretiva da cerimônia a reitora da UFG, professora Angelita Pereira de Lima; a pró-reitora de Extensão e Cultura, Luana Miranda Ribeiro; o vereador por Goiânia e ex-reitor da UFG, Edward Madureira Brasil; a vice-diretora da Escola de Música e Artes Cênicas (Emac), Flávia Cruvinel; a vereadora por Goiânia, Kátia Maria; o promotor de Justiça Juliano de Barros Araújo; o coordenador da Cozinha Escola Popular e professor da Faculdade de Artes Visuais, Carlos Hoelzel; e o diretor da Casa de Projetos Sociais, Flávio Diniz.

A abertura do evento contou com a performance musical de Amanda Braz, participante do projeto “Música na Casa de Projetos Sociais”, coordenado pela professora Flávia Cruvinel.

Ao longo da cerimônia, foi contextualizada e reiterada a importância da inauguração da Cozinha Popular para a Universidade. O espaço é considerado uma ferramenta para articular diversos projetos institucionais e acolher a comunidade.

Em seu discurso, Flávio Diniz, coordenador da Casa de Projetos Sociais, destacou o papel da Casa na articulação de iniciativas voltadas ao atendimento e ao diálogo com populações em situação de vulnerabilidade social. Ele ressaltou ainda que a cozinha, além de funcionar como espaço de aprendizado, será também um ambiente para incubar cooperativas do setor alimentar e fortalecer associações de catadores, promovendo geração de renda e inclusão social.

O professor Carlos Hoelzel destacou a relevância do projeto como uma iniciativa ecogastronômica. Ele definiu a ecogastronomia como um movimento que busca uma relação mais ética e consciente com a alimentação, valorizando a produção da agricultura familiar, os pequenos produtores e a biodiversidade. Entre os princípios da ecogastronomia estão o uso responsável dos recursos naturais e a valorização dos saberes locais.

Carlos Hoelzel ressaltou que a UFG reúne todos os elementos necessários para a prática da ecogastronomia, como a fazenda agroecológica, laboratórios e a Faculdade de Nutrição. Segundo ele, a Cozinha Popular tem o papel de “ligar as pontas na prática”. O espaço utilizará produtos da agroecologia, “um produto sem veneno, que eu já experimentei, já fiz vários preparos, realmente singular”, fornecidos por uma unidade de formação e desenvolvimento de tecnologias voltadas à agricultura familiar.

O papel da cozinha como espaço de qualificação de cozinheiros em ecogastronomia foi reiterado durante o evento. Também estão previstas ações de incubação de empreendimentos alimentares, oferta de cursos de extensão e oportunidades de estágio.

A reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, destacou o alinhamento da Cozinha Escola Popular ao Plano Brasil Sem Fome e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Ela enfatizou que a UFG “nunca se negou” ao compromisso com ações de combate à fome e à miséria, e que a inauguração da cozinha representa um passo importante nesse caminho. A reitora atribuiu a concretização do projeto à excelência do trabalho coletivo e à decisão de gestão que articula ensino, pesquisa e extensão, possibilitando a construção de iniciativas inovadoras como a Cozinha Popular.